Terapêutica - II

Sou branca nesta bata enferma
Nestes corredores vazios e frios de afeição
Nas cores desmaiadas do quarto vazio
Onde definho sem protestar
Onde estás?
Não me deixes na solidão destas paredes
Quero sentir os teus dedos quentes –
– Estancam o meu sangue frio
Quando escorre pela cara
Em lágrimas escarlates e tristes
Pela janela,
Olho e disperso-me nos raios de luz crua
Das madrugadas sucessivas
Iluminadas pela minha respiração
E sou branca
Nos meus olhos negros e mãos cansadas
De não te deixar partir
(A cada dia que passa me pesa mais
Carregar-te sobre os ombros e ver-te morrer)
Sou branca
Sou branca por não poder sorrir
Pálida
porque morro a cada palavra tua
E não interessa se a minha pele é morena
(Se venho de praias
por onde andaste, só,
E que me fizeram cor de mel)
Eu agora sou branca
De morte
Nestes corredores vazios e frios de afeição
Nas cores desmaiadas do quarto vazio
Onde definho sem protestar
Onde estás?
Não me deixes na solidão destas paredes
Quero sentir os teus dedos quentes –
– Estancam o meu sangue frio
Quando escorre pela cara
Em lágrimas escarlates e tristes
Pela janela,
Olho e disperso-me nos raios de luz crua
Das madrugadas sucessivas
Iluminadas pela minha respiração
E sou branca
Nos meus olhos negros e mãos cansadas
De não te deixar partir
(A cada dia que passa me pesa mais
Carregar-te sobre os ombros e ver-te morrer)
Sou branca
Sou branca por não poder sorrir
Pálida
porque morro a cada palavra tua
E não interessa se a minha pele é morena
(Se venho de praias
por onde andaste, só,
E que me fizeram cor de mel)
Eu agora sou branca
De morte
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