VIII

E vêm eles
Eles que não desejam voar
Que amam a lucidez como um jarro de água limpa
E cujas caras imperturbadas
Sorriem mansamente
E tenho medo
Porque a eles não lhes conheço ardores
Nem trejeitos
Não enlouquecem
E todos os seus gestos são sólidos
E tão ausentes
Eles, os dos olhos perdidos
Que comportam um vazio
De sorrisos rasgados, de berros, sangue e calor
De loucura
Eles que não sonham
Eles que não desejam voar.
2 Comments:
Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida...
Acreditas mesmo que no fim do mundo, quando um furação destruiu o acampamento, os teus companheiros tiveram que renunciar à esperança de te encontrar viva?
Olá Catarina,
Dei uma vista de olhos ao teu blogue e não fiquei surprrendido pois já conhecia alguns do teus poemas. Além de inspiração eles revelam a fina sensibilidade de que és possuidora. Reparo porém que paraste em Junho. Isto não é para desistir, é para continuar
Beijinhos
do avô António
Post a Comment
<< Home