VIII

E vêm eles
Eles que não desejam voar
Que amam a lucidez como um jarro de água limpa
E cujas caras imperturbadas
Sorriem mansamente
E tenho medo
Porque a eles não lhes conheço ardores
Nem trejeitos
Não enlouquecem
E todos os seus gestos são sólidos
E tão ausentes
Eles, os dos olhos perdidos
Que comportam um vazio
De sorrisos rasgados, de berros, sangue e calor
De loucura
Eles que não sonham
Eles que não desejam voar.